VENCENDO O GIGANTE DA MURMURAÇÃO
NÚMEROS
14:1-12
Os israelitas querem voltar para o
Egito
1 ENTÃO toda a congregação levantou a sua voz;
e o povo chorou naquela noite.
2 E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão;
e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste
deserto!
3 E por que o SENHOR nos traz a esta terra,
para cairmos à espada, e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por
presa? Não nos seria melhor voltarmos ao Egito?
4 E diziam uns aos outros: Constituamos um
líder, e voltemos ao Egito.
5 Então Moisés e Arão caíram sobre os seus
rostos perante toda a congregação dos filhos de Israel.
6 E Josué, filho de Num, e Calebe filho de
Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes.
7 E falaram a toda a congregação dos filhos de
Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa.
8 Se o SENHOR se agradar de nós, então nos porá
nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel.
9 Tão-somente não sejais rebeldes contra o
SENHOR, e não temais o povo dessa terra,
porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o SENHOR é
conosco; não os temais.
10 Mas toda a congregação disse que os
apedrejassem; porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos
os filhos de Israel.
11 E disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo? e até
quando não crerá em mim, apesar de todos os sinais que fiz no meio dele?
12 Com pestilência o ferirei, e o rejeitarei; e
te farei a ti povo maior e mais forte do que este.
Tem gente que vê dificuldade em tudo, e
é negativo em todas as circunstâncias, e dizendo: — "Eu sou
realista!" O que você acha desta atitude?
Na primeira
Carta aos Coríntios (1 CORÍNTIOS 10:10), Paulo relembra alguns pecados
cometidos por Israel, no deserto, e as tristes consequências da infidelidade.
No versículo 10 ele faz a seguinte advertência: "Nem
murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo
exterminador". Este versículo é uma referência ao
episódio narrado no texto básico deste estudo – Números 14 – quando os
filhos de Israel foram duramente castigados pelo Senhor, por causa da
murmuração.
A palavra "Murmurar", conforme o dicionário, é
soltar queixumes, lastimar-se, queixar-se em voz baixa, falar mal, apontar
faltas, formar mau juízo de alguém ou de alguma coisa. Foi exatamente
isto que aconteceu com o povo de Israel, após o relatório trazido pelos homens
que foram espiar a terra (Números 13.25-33).
O Senhor indignou-se ante a atitude do povo: "Até quando sofrerei esta
má congregação que murmura contra mim? Tenho ouvido as
murmurações que os filhos de Israel proferem contra mim "(Números 14:27).
O objetivo
deste estudo é alertar quanto ao pecado da murmuração e incentivar os crentes a
uma vida de inteira confiança em Deus, de gratidão, e de apoio aos líderes.
Breve Análise do Texto
Em Números
14:01-12, diante dos desafios da caminhada, Israel se pôs a murmurar. As
soluções que começaram a se desenhar, como fruto da murmuração, apontavam para
um fim desastroso: a rejeição à autoridade de Moisés e Arão e sua substituição;
o retorno ao opressor; o apedrejamento de Josué e Calebe por não compartilharem
do pessimismo do povo.
Mas Deus
intervém, manifestando-se em glória sobre o tabernáculo (Números 14:10). A
condenação divina aos murmuradores é severa ( Números 14:11,12,23,29,33,34).
O nosso Deus
é misericordioso e providente. Ele conduz o seu povo e supre as suas
necessidades. Por isso, reprova a murmuração. A murmuração é sinal de incredulidade,
de ingratidão e de um agir irrefletido.
Conforme o
texto, Moisés, tendo consciência da grande ofensa praticada pelo povo, mais uma
vez intercede (Números 14:13-23). Deus se dispõe a perdoar o povo, mas não o
livra das consequências do seu pecado.
Conforme observa Gordon J. Wenhan que,
"como é típico da ironia desta história, o seu castigo é feito de forma comparativa com o seu crime. Eles
queriam morrer no deserto e voltar para o Egito; de maneira um tanto diferente
do que eles desejavam, Deus acede aos seus pedidos. O programa há muito
esperado de entrar em Canaã será adiado para permitir que a geração rebelde morra
onde deseja. (…) Eles disseram: Oxalá tivéssemos morrido neste deserto! (Números
14:2). Quatro vezes eles são avisados: Neste deserto cairão os vossos cadáveres
( Números 14: 29, 32, 33, 35). Os seus filhos, que eles disseram que iriam
perecer em Canaã, mais tarde chegarão ali e tomarão posse da terra (3, 31, 33).
Como imediata confirmação desses avisos, todos os espias infiéis morrem em uma
praga enviada dos céus. Só Josué e Calebe, cuja entrada em Canaã é garantida,
sobrevivem a ela (Números 14:36-38)".
A atitude
dos murmuradores, narrada nos versículos 39 a 45 de Números 14, mostra que,
embora entristecidos, não reconheciam a autoridade de Moisés, o seu legítimo
representante. Também não estavam levando Deus a sério. Na verdade, os
murmuradores não gostam de se submeter, agem por conta própria. Cometeram o
pecado de rebelião, contestando o homem de Deus.
Tópicos para Reflexão 1. A AÇÃO DOS MURMURADORES CONSISTE EM PUXAR PARA TRÁS
O tema da
murmuração, focalizado em Números 14:1-12, não é novo na caminhada de Israel.
A murmuração está vinculada à incredulidade do povo e, em diversas
circunstâncias, verifica-se tal atitude.
Na ocasião
narrada no texto eles estavam acampados em Cades Barneia. Anteriormente, o povo
já havia murmurado, conforme relatam as passagens de Êxodo 14.11,12; 15.24;
16.2,3,12; 17.3 e Números 11.1. Tudo isso se deu logo após a saída do Egito.
Por causa da murmuração, Deus fez com que eles permanecessem no deserto cerca
de 38 anos (Deuteronômio 2:14,15).
Embora a
providência divina fosse inconfundível durante aquela jornada, o povo estava
constantemente duvidando. A liderança e a autoridade de Moisés eram
questionadas (Números 14:4). Em diversas ocasiões Deus já havia se manifestado
a Moisés, o qual desempenhava a importante função de mediador. Apesar disso,
eles se opunham a Moisés, contendiam, lastimavam-se. Os desejos, em vez de
estarem projetados para a terra da promessa, estavam fixados no Egito. Tinham
grande desejo das comidas dos egípcios (Êxodo 16.3; Números 11.4-6). Em vez de
olhar para frente, olhavam para trás. 0 comodismo do passado sobrepunha-se
aos riscos e possibilidades do futuro. Eles diziam: "Não nos seria melhor
voltar para o Egito?" (Números 14:3).
A murmuração
é tipicamente pessimista. Os murmuradores estão sempre a reclamar e a dar
contra. Os versículos 39 a 45 comprovam isto. Quando era para subir à terra
prometida, eles se recusaram. Quando era para retroceder e aguardar, eles
teimaram em prosseguir. Eles estão sempre em descompasso. Parece que é pelo
simples prazer de ser contra. O próprio Senhor Jesus conviveu com esta
situação.
A murmuração
é fruto da incredulidade, pois os murmuradores, como já foi exposto, não creem,
não confiam. Na igreja, infelizmente, é possível encontrar pessoas assim.
Vivem a criticar, acham que todos estão errados, tudo é difícil, nenhuma ideia
ou projeto vai funcionar. Em vez de colaborar, torcem para que as coisas deem
erradas. Tal atitude, além de antiética, depõe contra a causa cristã e trás
prejuízos a toda a comunidade.
2. A MURMURAÇÃO TEM UM EFEITO
CONTAGIOSO NA COMUNIDADE
O texto diz que "todos os filhos
de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão" (Números 14:2). A
murmuração é um mal que rapidamente envolve a todos. De uma hora para outra, a
liderança bem sucedida de Moisés e Arão se vê ameaçada: "E diziam uns aos
outros: Levantemos um capitão e voltemos para o Egito" (Números 14:4).
A ação
destrutiva dos murmuradores continua fazendo estragos entre o povo de Deus e
arruinando a vida de líderes. Muitas vezes, pessoas crentes e ingênuas, acabam
sendo usadas e manipuladas em conflitos de interesses. Líderes íntegros e
comprometidos com Deus são desonrados e injustiçados, como aconteceu com
Moisés. Comunidades inteiras são afetadas, experimentando inimizades, divisões
e enfraquecimento.
A conduta
pouco ética dos murmuradores faz com que, em pouco tempo, muitos sejam
contagiados. A ferramenta deles é a língua, a palavra. A propósito, vale a pena
considerar as advertências contidas no capítulo 3 da Carta de Tiago, quanto aos
pecados da língua e o dever de refreá-la.
3. É PRECISO RESISTIR À TENTAÇÃO DA
MURMURAÇÃO
A murmuração
é uma tentação sempre presente diante de nós. É uma linguagem descabida contra
Deus. Pode até tornar-se um hábito. Conter a língua, ou falar o que é certo, de
maneira correta, na hora apropriada e com quem deve ouvir, é uma arte que nem
todos dominam. A fórmula indicada por Tiago é muito útil para nos disciplinar
neste sentido: "Todo homem, pois, seja
pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tiago 1:19).
Não se pode
confundir o questionamento bem intencionado e a crítica construtiva, com a
murmuração. Esta inclui más intenções; é insensível e traiçoeira; é negativa e
destrutiva. Somos desafiados a rever a maneira como tratamos nossos líderes,
pois o alvo dos murmuradores é sempre a liderança (Filipenses 2:25,29; I Tessalonicenses
5:12,13; Hebreus 13:17).
A murmuração
é incompatível com uma vida cristã marcada por fidelidade, confiança e
cooperação. Conforme já foi mencionado na introdução, o texto de I Coríntios 10
– que recorda experiências de Israel no deserto -contém advertências quanto a
uma série de erros que devemos evitar, dentre eles, a murmuração (I Coríntios
10:10).
A murmuração
afasta a bênção e atrai o juízo de Deus. Mas, quando a murmuração cede lugar à
confiança em Deus, à união e cooperação entre os irmãos, "ali derrama o
Senhor a sua bênção e a vida para sempre" (Salmos 133).
Devemos
tomar cuidado para não incorrermos no pecado da murmuração. Ela pode ser
extremamente prejudicial, tanto para nós, quanto para a igreja. É por isso que
a Palavra de Deus recomenda: "Fazei tudo sem murmurações nem contendas,
para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no
meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros
no mundo…" (Filipenses 2:14-16).
Reflexão
Pessoal
1. Quando alguma coisa na igreja
não está do seu agrado, você costuma procurar o pastor e a liderança para
conversar, ou prefere ficar comentando por fora? O que é mais correto?
2. Você tem facilidade de ser
influenciado por aqueles que só puxam para trás? Como se deve agir nestas
situações?
Fonte: http://www.feemjesus.com.br/estudo/vencendo-o-gigante-da-murmura%C3%A7%C3%A3o com adaptações.
POR
FAVOR, COMPARTILHE ESTA MENSAGEM COM TODOS(AS) QUE VOCÊ CONHECE. OBRIGADO.
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
CUIDADO! FECHE O ZÍPER
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