ISRAEL
DIVIDIDA: CUMPRIMENTO DE PROFECIA ÀS
PORTAS...
Acredito que muitos devem estar
acompanhando nos noticiários o que ocorrera na última quarta-feira, dia 12,
onde o presidente americano, Donald Trump, reconhece Jerusalém como capital de
Israel. E muitos devem estar se perguntando por que isso é tão polêmico ou tão
grave?
Quero dizer que isto é mais um
passo para o cumprimento de profecias bíblicas acerca da gloriosa volta do Senhor
Jesus Cristo. Trump, deliberadamente, cumpre sua campanha de governo,
exatamente, após 70 anos quando a ONU em 1947 iniciou as discussões do
reconhecimento de Israel como nação que culminou sua criação em 14/5/1948. Ou
seja, em um só dia Israel foi criado como nação cumprindo a profecia de Isaías 66.8.
Setenta anos é exatamente o tempo
de uma geração falado em Salmos 90.10 e coincide com a fala de Jesus em Mateus 24.34 “Em verdade vos
digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam”. Israel é a figueira que
floresceu e que no próximo ano completará 70 anos de existência como Estado, em
29 de novembro de 2018.
O propósito do reconhecimento de
Jerusalém como capital de Israel não é apenas porque Trump quer ser “bonzinho”
com os judeus, mas porque Israel precisa ter
todo o domínio de Jerusalém que hoje sua parte oriental é de domínio islâmico e
onde justamente está a Mesquita de Al-Aqsa, cujo lugar é do antigo Templo de
Salomão. Israel tendo Jerusalém como capital unificada abre portas para domínio
judaico da parte oriental e, deste modo, podem fazer o que bem quiser com a
mesquita.
Em linhas gerais, será o momento para reconstrução
do terceiro Templo de Salomão onde o anticristo precisa assentar no santo lugar
e declarar-se deus, 2 Tessalonicenses 2.4.
Vigiemos e oremos, pois os sinais da
vinda do nosso Senhor estão às portas...
DANIEL
9:25-27
25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para
restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete
semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em
tempos angustiosos.
26 E depois das sessenta e duas semanas será
cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o
santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá
guerra; estão determinadas as assolações.
27 E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na
metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e
sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que
está determinado será derramado sobre o assolador.
OBSERVE QUE O PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS, DONALD TRUMP ASSINOU O
RECONHECIMENTO DE JERUSALÉM COMO CAPITAL DE ISRAEL NA METADE DA SEMANA,
OU SEJA, QUARTA-FEIRA, DIA 06/12/2017.
ASAS DAS ABOMINAÇÕES REFESE-SE AOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA,
CUJO SÍMBOLO É UMA ÁGUIA.
DANIEL
11:40-45
40 E, no fim do tempo, o rei do sul
lutará com ele, e o rei do norte se levantará contra ele com carros, e com
cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nas suas terras e as inundará, e
passará.
41
E entrará na terra gloriosa, e muitos países cairão, mas da sua
mão escaparão estes: Edom e Moabe, e os chefes dos filhos de Amom.
42 E estenderá a sua mão contra os países, e a
terra do Egito não escapará.
43 E apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de
prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o
seguirão.
44 Mas os rumores do oriente e do norte o
espantarão; e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos.
45
E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e
glorioso; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra.
MARCOS 13:28 Aprendei pois a parábola da
figueira: Quando já o seu ramo se torna tenro, e brota folhas, bem sabeis que já
está próximo o verão.
29 Assim também vós, quando virdes sucederem estas coisas, sabeis que já está perto, às
portas
FIGUEIRA NA BÍBLIA- A árvore e o seu
fruto
Atingindo uma altura de 6 metros e
com folhas grandes, a figueira fornece sombra agradável. É uma árvore que se adapta bem neste território e
neste clima, por isso é muito cultivada com a característica de dar o fruto antes da
folha. A flor da árvore nunca é visto, como as suas flores são minúsculas estão
alojados dentro do broto dos frutos. Duas culturas são produzidas a cada ano. A
primeira colheita é consumida fresca, enquanto a segunda safra é seco para o
inverno.
Uma imagem de prosperidade e
Julgamento
Mencionado mais de 50 vezes nas
Escrituras, a figueira foi extremamente importante por duas razões
fundamentais; nutricional e económica nos tempos antigos. Quando as coisas estavam bem em
Israel e o povo próspero, a Bíblia descreve "todo homem sentado sob sua
figueira" (1 Reis 4:25). Os profetas, por outro lado, quando a
previsão julgamento sobre Israel, falam das figueiras sendo destruídas (Jer
05:17).
Folhas de figueira para proteção
A primeira menção de uma árvore de
fruto por nome em referências bíblicas são as folhas da figueira, e não o
fruto. Adão e Eva coseram folhas de figueira para esconder a sua nudez (Gén
3:7). As folhas são tão grandes como uma mão humana e são peludas no lado de
trás.
Figos em Canaã
O figo continua a ser um fruto comum
no Médio Oriente ainda hoje, foram cultivados em Canaã antes de os israelitas
entraram na terra. Eles foram uma das sete espécies listadas entre os produtos
da terra que Deus daria a Israel (Dt 8:8). Os espiões trouxeram de volta
amostras da fruta antes de Israel entrar na terra (Nm 13:23). Figos são
cultivados e crescem também em forma selvagem na região.
A figueira nos Evangelhos
Os evangelhos também mencionam frequentemente a
figueiras. Jesus amaldiçoou a figueira estéril ao longo da estrada para
Jerusalém. Tanto Jesus como Tiago usam a produção de figos como um exemplo de que
as ações e as palavras brotam do coração de uma pessoa (Lucas 6:42-44, Tiago
3:12). Finalmente, porque a figueira é a última árvore a deixar de produzir
folhas e falo até próximo do Verão, Jesus
usou-a como um exemplo de saber que o fim do mundo estava próximo, quando os
sinais começassem a acontecer (Mt 24:32; Marcos 13: 28).
Bom e Mau Figos
"Depois de Joaquim, filho de
Jeoaquim, rei de Judá, e os funcionários, os artesãos e os trabalhadores de
Judá foram levados cativos de Jerusalém para Babilónia por Nabucodonosor, rei
da Babilónia, o Senhor mostrou-me dois cestos de figos colocados em frente ao templo
do Senhor. Um cesto tinha figos muito bons, como os que amadurecem cedo, o
outro cesto tinha figos muito pobre, tão ruim que não poderia ser comido
"(Jr 24:1-2, NVI).
Joel 3:1-21
1. Pois eis que naqueles dias, e
naquele tempo, em que eu restaurar os exilados de Judá e de Jerusalém,
2.
congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha
herança, Israel, a quem elas espalharam por
entre as nações; repartiram a minha terra,
3. e lançaram sortes sobre o meu
povo; deram um menino por uma meretriz, e venderam uma menina por vinho, para
beberem.
4. E também que tendes vós comigo,
Tiro e Sidom, e todas as regiões da Filístia? Acaso quereis vingar-vos de mim?
Se assim vos quereis vingar, bem depressa retribuirei o vosso feito sobre a
vossa cabeça.
5. Visto como levastes a minha prata
e o meu ouro, e os meus ricos tesouros metestes nos vossos templos;
6. também vendestes os filhos de Judá
e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para os apartar para longe dos
seus termos;
7. eis que eu os suscitarei do lugar
para onde os vendestes, e retribuirei o vosso feito sobre a vossa cabeça;
8. pois venderei vossos filhos e
vossas filhas na mão dos filhos de Judá, e estes os venderão aos sabeus, a uma
nação remota, porque o Senhor o disse.
9. Proclamai isto entre as nações:
Preparai a guerra, suscitai os valentes. Cheguem-se todos os homens de guerra,
subam eles todos.
10. Forjai espadas das relhas dos vossos
arados, e lanças das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte.
11. Apressai-vos, e vinde, todos os povos
em redor, e ajuntai-vos; para ali, ó Senhor, faze descer os teus valentes.
12. Suscitem-se as nações, e subam ao
vale de Jeosafá; pois ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor.
13. Lançai a foice, porque já está madura
a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, os vasos dos lagares
trasbordam, porquanto a sua malícia é grande.
14. Multidões, multidões no vale da
decisão! porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão.
15. O sol e a lua escurecem, e as
estrelas retiram o seu resplendor.
16. E o Senhor brama de Sião, e de
Jerusalém faz ouvir a sua voz; os céus e a terra tremem, mas o Senhor é o
refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel.
17. Assim vós sabereis que eu sou o
Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte; Jerusalém será santa,
e estranhos não mais passarão por ela.
18. E naquele dia os montes
destilarão mosto, e os outeiros manarão leite, e todos os ribeiros de Judá
estarão cheios de águas; e sairá uma fonte da casa do Senhor, e regará o vale
de Sitim.
19. O Egito se tornará uma desolação,
e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência que fizeram aos
filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente.
20. Mas Judá será habitada para
sempre, e Jerusalém de geração em geração.
21. E purificarei o sangue que eu não
tinha purificado; porque o Senhor habita em Sião.
“Eis
que eu farei de Jerusalém um copo de atordoamento para todos os povos em redor,
e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. Naquele dia farei de
Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem, serão
gravemente feridos. E ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra. Naquele dia, diz o
Senhor, ferirei de espanto a todos os cavalos, e de loucura os que montam
neles. Mas sobre a casa de Judá abrirei os meus olhos, e ferirei de cegueira
todos os cavalos dos povos. Então os chefes de Judá dirão no seu coração: Os
habitantes de Jerusalém são a minha força no Senhor dos exércitos, seu Deus.
Naquele dia porei os chefes de Judá como um braseiro ardente no meio de lenha,
e como um facho entre gavelas; e eles devorarão à direita e à esquerda a todos
os povos em redor; e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio lugar,
mesmo em Jerusalém. Também o Senhor salvará primeiro as tendas de Judá, para
que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não se engrandeçam
sobre Judá. Naquele dia o Senhor defenderá os habitantes de Jerusalém, de sorte
que o mais fraco dentre eles naquele dia será como Davi, e a casa de Davi será
como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. E naquele dia, tratarei de
destruir todas as nações que vierem contra Jerusalem. Mas sobre a casa de Davi,
e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de
súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como quem
pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se chora
pelo primogênito.” Zacarias 12:2–10 ALMEIDA
Miquéias 4:1-13
1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do
SENHOR será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros, e
concorrerão a ele os povos.
2 E irão muitas nações e dirão:
Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à Casa do Deus de Jacó, para que nos
ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá
a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém.
3 E julgará entre muitos povos e
castigará poderosas nações até mui longe; e converterão as suas espadas em
enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra
outra nação, nem aprenderão mais a guerra.
4 Mas assentar-se -á cada um debaixo
da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante,
porque a boca do SENHOR dos Exércitos o disse.
5 Porque todos os povos andarão, cada
um em nome do seu deus; mas nós andaremos no nome do SENHOR, nosso Deus,
eternamente e para sempre.
6 Naquele dia, diz o SENHOR,
congregarei a que coxeava e recolherei a que eu tinha expulsado e a que eu
tinha maltratado.
7 E da que coxeava farei a parte
restante, e da que tinha sido arrojada para longe, uma nação poderosa; e o
SENHOR reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre.
8 E a ti, ó torre do rebanho, monte
da filha de Sião, a ti virá; sim, a ti virá o primeiro domínio, o reino da
filha de Jerusalém.
9 E, agora, porque farás tão grande
pranto? Não há em ti rei? Pereceu o teu conselheiro? Apoderou-se de ti dor,
como da que está de parto?
10 Sofre dores e trabalhos, ó filha
de Sião, como a que está de parto, porque agora sairás da cidade, e morarás no
campo, e virás até Babilônia; ali, porém, serás livrada; ali te remirá o SENHOR
da mão de teus inimigos.
11 Agora, se congregaram muitas
nações contra ti, que dizem: Seja profanada, e os nossos olhos verão seus
desejos sobre Sião.
12 Mas não sabem os pensamentos do
SENHOR, nem entendem o seu conselho, porque as ajuntou como gavelas em uma
eira.
13 Levanta-te e trilha, ó filha de
Sião; porque eu farei de ferro a tua ponta e de cobre, as tuas unhas, e
esmiuçarás a muitos povos, e o seu ganho será consagrado ao SENHOR, e a sua
fazenda, ao Senhor de toda a terra.
Jerusalém - Uma cidade sem igual
Jerusalém é uma das cidades mais
antigas do mundo. Ela foi fundada há mais de 4.000 anos. Sua história dramática
e instável, repleta de altos e baixos não tem similar. Nenhuma outra cidade do
mundo consegue nos cativar como faz justamente esta cidade.
O centro da História da Salvação
Esta cidade – Jerusalém – localizada
a 760 metros de altura no planalto judeu, situa-se no ponto de encontro de três
continentes – Ásia, África e Europa. Por sua posição central, nos tempos
antigos ela também formava o ponto de intersecção das grandes civilizações
antigas – Sumeriana (Mesopotâmia Austral) Egípcia e Grega.
De acordo com as afirmações da Bíblia,
Jerusalém forma o centro geográfico do Plano de Salvação de Deus. Em Ezequiel
5.5, lemos:
“Assim diz o Senhor, o Eterno: Esta é
Jerusalém! Eu a coloquei no centro entre as nações e terras ao seu redor”.
O significado do nome
Placa indicativa bilíngue para
Jerusalém. A expressão hebraica do nome Jerusalém é “Yerushalaim”, que significa “fundação da paz”. No entanto, entre o nome e a
realidade há uma profunda e inquietante área de tensões:
No decorrer de sua história
empolgante, ela não foi marcada pela paz, mas por muitas lágrimas, sofrimento e
derramamento de sangue. E hoje? Jerusalém – a “cidade da paz” hoje coloca em
risco a paz e a segurança de todo o mundo!
A área do Templo: O lugar mais
ameaçado do planeta
A disputa atual por Jerusalém se
concentra principalmente na área do Templo, na Cidade Antiga, em cujo centro se
ergue a cúpula dourada da Mesquita de Omar. Já há vários anos, em uma de suas
edições, o New York Times se referiu com muita propriedade a este pedaço de
chão do Monte Moriá, ou Monte de Sião, como “os metros quadrados mais
explosivos do mundo”. Surge, então, a pergunta: Por que existe tanto interesse
em torno dessa fraçãozinha de terra?
Reivindicação judaica
Por um período de cerca de
1.000 anos, havia o Templo judaico sobre o Monte Moriá, desde o Séc. XI a.C.
até o Séc. I d.C.. De acordo com as orientações da Torá, a Lei de Moisés,
aquele era o único lugar em que este Templo poderia ser construído.
Multidão em oração no Muro das
Lamentações.
O Templo representava o ponto
central geográfico dos israelitas para o culto a Deus, sendo especialmente o
lugar onde deveriam ser trazidos os sacrifícios de animais. Hoje, perfazem
quase 2.000 anos que o povo judeu tem o profundo anseio de ver esse Templo
reconstruído.
O “Muro das Lamentações”, a
imensa parede de pedras talhadas ao lado oeste do Monte Moriá, é um resquício
da majestosa muralha protetora que emoldurava a área do Templo judeu.
Há 2.000 anos, o povo judeu
comparece ali para lamentar a perda do seu santuário. É impossível que alguém
consiga avaliar quantas lágrimas foram derramadas e quantas orações foram
elevadas pela reconstrução do Templo diante daquele muro. Para o Judaísmo,
estas pedras são um símbolo da glória perdida e também de esperança para a
salvação vindoura.
Reivindicação islâmica
Por outro lado, essa região
também desempenha um papel importante para o Islamismo. Desde o Séc. VIII, ou
melhor, Séc. VII d.C. até hoje, ali estão a Mesquita de Al-Aksa e o chamado
Domo da Rocha (= Mesquita de Omar). Esta área, localizada acima do Muro das
Lamentações, com seus dez portões e quatro minaretes é chamada de “O santuário
distinto” (árabe: Haram esh-Sharif). Esse lugar ocupa a terceira posição na hierarquia
islâmica, ficando abaixo apenas das cidades de peregrinação Meca e Medina, que
são consideradas as mais importantes.
A. Mesquita de Omar; B. Mesquita
Al-Aksa; C. Muro das Lamentações.
De acordo com a interpretação
corrente da Sura 17 do Corão, Maomé teria saído de Meca em direção ao norte,
“para o lugar de adoração mais distante (árabe: al-aksa)”, em sua viagem
noturna montado num animal alado Al-Buraq, cujos saltos supostamente
alcançariam a distância que o olho pode enxergar, e chegou ao lugar do Templo
em Jerusalém. Consideram que o profeta teria descido de sua montaria no lugar
onde se encontra a Mesquita Al-Aksa e orado naquela rocha. Em seguida, Maomé
teria subido dali ao céu, onde Alá teria lhe ensinado o modo correto de orar e
voltado novamente para o lugar do Templo. De acordo com a tradição islâmica,
Maomé, com sua montaria em alta velocidade, conseguiu voltar para Meca ainda
antes do amanhecer. Essas informações esclarecem porque os muçulmanos nunca vão
desistir de suas reivindicações sobre esse lugar.
A caminho do Terceiro Templo
Com a Guerra dos Seis Dias, em
1967, Jerusalém oriental, após quase 2.000 anos de humilhações por povos
estrangeiros, voltou ao domínio judeu. Assim, é compreensível que o interesse
por uma nova reconstrução do Templo cresceu de um modo especial. Entre a
população judaica surgiu uma verdadeira “febre” pelo Templo. Nos últimos anos
formaram-se diversos movimentos cujos esforços estão direcionados para a
reconstrução do Templo. Conseguimos perceber o risco? Se for erigido um
santuário judeu no Monte Moriá, pode-se ter certeza que isso despertará a ira
ardente de todo o mundo islâmico, com seu 1,5 bilhão de pessoas!
Jerusalém: a capital judaica há mais
de 3.000 anos
O Rei Davi havia conquistado Jerusalém por volta de 1049 a.C. Em
seguida, ele a promoveu à capital do Estado de Israel (1Cr 11.1-9). Assim,
Jerusalém mantém o status honroso de capital do povo judeu durante mais de
3.000 anos da história de Israel.
Jerusalém na mesa de negociações
Com o chamado Acordo de Paz entre
Israel e os palestinos, de 13 de setembro de 1993, Jerusalém foi exposta a um
destino incerto. O acordo “Gaza/Jericó-primeiro” já previa o estabelecimento de
negociações, em prazo breve, para decidir sobre a futura condição de
Jerusalém Oriental e isto apesar de ter sido decretado pelo Parlamento
israelense, em fins de 1980, que toda a Jerusalém seria a capital eterna e
não-dividida de Israel. Os palestinos reivindicam a posse de Jerusalém. Essa região disputada,
segundo a opinião deles, será a capital de um futuro Estado palestino – porém,
sem a renúncia ao Monte do Templo. O Sheik Isma’il Al-Nawadah afirmou, em sua
pregação do dia 03 de abril de 1998, na Mesquita Al-Aksa:
Jerusalém se encontra no topo
das cidades santas do Islã. Nenhuma cidade é tão santa quanto ela, exceto
Al-Medina e Meca (...) Jerusalém pertence a nós e não a vocês (Israel); esta
cidade é mais importante para nós do que para vocês (...) Jerusalém é a chave,
tanto para a guerra como para a paz, mas, se os judeus imaginam que estão em
condições de manter o território e também a paz mediante o emprego de força,
então eles estão muito enganados.
O caminho para a paz no Oriente
Médio sairá de Jericó, a cidade da maldição (Js 6.26), passando pelo “campo
minado” de Jerusalém.
Rabin e Arafat, quando estavam
nos jardins da Casa Branca, na verdade acenderam o estopim de uma granada de
tempo e que começou a queimar sob influência do medo. Agora, a política mundial
precisa se concentrar em Jerusalém. Os povos são desafiados a tomar uma posição
clara e inequívoca em relação a essa cidade.
Vemos que Jerusalém, de alguma maneira, se encontra no foco do
conflito no Oriente Médio. Este conflito não é um acontecimento meramente local. Pelo menos a
partir da Guerra do Golfo (1991) não pode mais ser ignorado o fato de que o
“barril de pólvora” Oriente Médio, com todas as suas dificuldades, problemas e
conflitos, representa um perigo para a paz e a segurança de todo o mundo.
De onde e para onde?
Se quisermos entender bem os
acontecimentos atuais em e ao redor de Jerusalém, então devemos montar um
resumo geral da história. Isso também será um auxílio para a melhor compreensão
e para ordenar o que a Bíblia diz sobre o futuro dessa cidade. Certamente isso
tornará visível que o bem e o mal de todo o mundo está diretamente ligado à
cidade de Jerusalém.
Notas
N.Ed.: Tradução própria do autor.
Na Bíblia (AT e NT), o Monte do Templo é
chamado “Moriá” (Gn 22.2; 2Cr 3.1) ou “Sião” (Sl 48.2; Mq 3.12). Hoje, o monte ao lado, no
sudoeste da Cidade Antiga de Jerusalém, recebe erroneamente essa mesma
denominação com base em uma tradição que surgiu no 1º século d.C.. Essa
elevação, no entanto, é igualmente muito importante no plano de salvação. Nela,
no tempo dos apóstolos, se encontrava o bairro onde residiam muitos dos
participantes da Igreja Primitiva. Para a identificação correta desses dois
montes, pode-se usar a denominação “Sião I” (era bíblica) e “Sião II” (era
pós-bíblica). May, Israel
heute – Ein lebendiges Wunder, p. 96. Price,
The Coming Last Days Temple, p. 177; versão alemã: Roger Liebi, fonte original:
MEMRI’s Media Review de 06 de abril, 1998.
Trump reconhece Jerusalém como capital de
Israel. O que isso significa?
O presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira 6 que
seu país reconhece Jerusalém como a capital de Israel e anunciou planos para
levar para a cidade a embaixada norte-americana, atualmente localizada em
Tel-Aviv. Trata-se de um fato que não tem nada de banal. As medidas são uma
clara provocação aos palestinos e podem ser o estopim de mais violência na
região. Consistem, também, em uma vitória para a extrema-direita israelense, o
que pode comprometer de maneira definitiva o processo de paz.
A mudança da embaixada é uma promessa
de campanha de Trump. Seu público-alvo eram os apoiadores da
extrema-direita israelense, como o empresário Sheldon Adelson, o maior doador
de sua disputa eleitoral, e também alguns grupos evangélicos norte-americanos. Para
muitos destes, o retorno dos judeus à "terra prometida" seria a
realização de uma profecia bíblica ligada ao retorno de Jesus Cristo e ao fim
do mundo.
Trump não foi o primeiro
político norte-americano a prometer a transferência da representação
diplomática. Na realidade, a medida foi aprovada em 1995, por um ato do
Congresso. Costumeiramente irresponsáveis no que tange à política externa, os
parlamentares norte-americanos colocaram ali um peso sobre a Casa Branca.
Assim, por 22 anos, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama assinaram,
semestralmente, um adiamento da mudança da embaixada, argumentando que a
realocação não condiz com os interesses de segurança nacional norte-americanos.
Até Trump aparecer.
A guerra
de 1967
Os presidentes adiavam a
transição por uma questão explicada por um fato simples: Jerusalém não é a
capital de Israel, ao menos não ainda aos olhos da comunidade internacional. A
imensa maioria dos países do mundo reconhece a existência de Israel como
Estado, mas nenhum deles, à exceção de Israel, assente com a caracterização de
Jerusalém como sua capital. Isso porque a resolução da Partilha da Palestina,
aprovada pelas Nações Unidas em 1947, determina que, além da criação de um
Estado judeu e outro árabe, Jerusalém fique sob um regime especial
internacional.
Ocorre que tal resolução não foi
aceita pelos árabes. Em 1948, Israel declarou sua independência e o que se
seguiu foi a Guerra Árabe-Israelense. No fim daquele conflito, Israel
controlava todo o território atribuído aos judeus pela partilha de 1947, mais
uma significativa fatia da área designada aos árabes, além da metade ocidental
de Jerusalém. Quase duas décadas depois, na Guerra dos Seis Dias (1967), Israel
ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia e, com eles, mais de um milhão de
palestinos que permanecem, com seus filhos e netos, controlados por uma
administração militar.
Em 1967, Israel ocupou, também, a
porção oriental de Jerusalém, até então sob os cuidados da Jordânia. O país foi
tomado pelo júbilo de uma espetacular vitória militar. Muitos religiosos
ortodoxos, comparando os seis dias da guerra ao número de dias que o Deus do
Velho Testamento levou para construir o mundo, passaram a falar do “início da
redenção”. Poucas vozes se levantaram para alertar sobre o que viria pela
frente. Uma delas foi a do filósofo Yeshayahu Leibowitz, segundo quem a ocupação
criaria um Estado policial e traria repercussões negativas para a educação, a
liberdade de expressão e a democracia.
Para os políticos israelenses, o
presente importava mais que o futuro. Temendo a pressão dos EUA, que dez anos
antes haviam obrigado Israel a devolver a Península do Sinai ao Egito, o
governo se mobilizou para realizar mudanças irreversíveis. Dias depois da
tomada de Jerusalém, um quarteirão inteiro da chamada Cidade Velha, erguido no
século 12, foi demolido para ampliar a entrada do que é hoje o Muro das
Lamentações, local sagrado para os judeus. Na mesma época, três vilas
palestinas no caminho entre Jerusalém e Tel Aviv foram demolidas e seus
moradores, expulsos. Anos depois, o local virou um parque.
A ocupação marcou a política israelense. O
espectro eleitoral se deslocou para a direita e discursos religiosos tomaram de
assalto a sociedade. O país é uma democracia até certo ponto funcional, com uma
economia altamente desenvolvida, mas na Cisjordânia opera um militarismo
autoritário, cuja principal forma de atuação é a punição coletiva. A Faixa de
Gaza, por sua vez, é uma prisão a céu aberto, depauperada e desesperada.
Quanto a Jerusalém, a cidade
passou a ser proclamada por Israel, desde 1967, sua capital indivisível. A
política de ocupação da Cisjordânia por meio de assentamentos, justificada por
motivações militares e religiosas, amplia os limites da cidade à medida que
inviabiliza a criação de um Estado palestino. A área que Israel chama hoje de “Grande Jerusalém”, onde moram cerca de 150 mil israelenses, na
realidade é uma série de assentamentos ilegais erguidos em território palestino
ocupado.
Mediação
Nas diversas tentativas de se colocar
israelenses e árabes para negociar, o status de Jerusalém era um dos assuntos
mais sensíveis, como a situação dos refugiados palestinos ou a segurança de
Israel, por exemplo. Reconhecer Jerusalém como capital de Israel seria tomar
parte de um dos lados antes de a paz estar sacramentada. Por isso, Clinton,
Bush e Obama evitaram aquiescer ao desejo israelense, assim como todos os
países que reconhecem a existência de Israel.
O poder destrutivo da realocação
da embaixada é evidente. “Jerusalém é uma linha vermelha para os muçulmanos”,
afirmou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, antes do anúncio de
Trump. "O Irã não tolerará uma violação das santidades
islâmicas", disse o presidente iraniano, Hassan Rohani. Na Arábia Saudita,
viciada em redes sociais, uma hashtag dizendo que
"Jerusalém é a capital eterna da Palestina" foi um dos assuntos mais
comentados na manhã desta quarta-feira 6.
"Não sei se isso provocará distúrbios, mas haverá, sem dúvida,
manifestações populares em toda parte. Espero que não haja violência",
disse Nabil Chaath, conselheiro de alto escalão do presidente palestino,
Mahmoud Abbas. A reação da população palestina é uma incógnita, mas o
acirramento dos ânimos por parte dos políticos pode levar a uma nova revolta
civil contra Israel. Seria um desdobramento negativo para Israel, uma vez que
seu conflito particular com os palestinos perdeu centralidade no caos do Oriente
Médio, hoje guiado muito mais pela dinâmica da rivalidade entre a Arábia
Saudita e o Irã.
A médio prazo, o reconhecimento
de Jerusalém como capital de Israel também abala a segurança regional, pois ameaça
a capacidade de Washington de fazer israelenses e palestinos negociarem.
"Esta decisão colocaria fim ao papel dos Estados Unidos como mediador de
confiança entre palestinos e as forças (israelenses) de ocupação", alertou
o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit. Chaath, o porta-voz do
governo palestino, confirmou. “Não aceitaremos a mediação dos Estados Unidos,
não aceitaremos a mediação de Trump. Será o fim do papel desempenhado pelos
americanos neste processo". Sem os EUA, não há mediador disposto ou capaz para
este conflito.
Vitória da
extrema-direita
A decisão de Trump é uma importante
vitória para a extrema-direita israelense. Este setor, que hoje domina a
política de Israel, é abertamente hostil à chamada "solução de dois
Estados" – baseada na decisão da ONU de 1947 que previu um país para
judeus e outro para os palestinos. As negociações de paz, que vão e voltam, têm
justamente esse objetivo – criar o Estado palestino vizinho a Israel. Não à
toa, o governo atual, comandado por Benjamin Netanyahu, age deliberadamente
para sabotar qualquer diálogo.
Este grupo é altamente influente
nos Estados Unidos, particularmente na administração de Donald Trump. Exemplo
disso é David Friedman, o embaixador americano em Israel. Advogado de
Trump e seu conselheiro para o Oriente Médio, Friedman chama a presença militar
israelense na Palestina de "alegada ocupação" e é abertamente
contrário à solução de dois Estados. Durante a campanha
presidencial, Friedman comparou o J-Street, um grupo esquerdista de judeus
norte-americanos favoráveis à criação da Palestina, aos kapos, judeus
que auxiliaram os nazistas durante o Holocausto.
No pronunciamento desta quarta,
Trump disse ser favorável à solução de dois Estados e negou que o
reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel signifique uma tomada de
posição dos Estados Unidos. Dificilmente essa tentativa de minimizar os danos
da medida será efetiva. Para todos os efeitos, Trump adotou uma política
israelense de forma unilateral, algo com o que os palestinos estão acostumados.
Ao longo do tempo, Israel buscou moldar
sua existência, e a relação com os árabe-palestinos, a partir de "fatos
consumados" – primeiro muda a realidade e depois faz com que ela seja
aceita. Foi assim com a presença judaica na região antes da partilha, com o
programa nuclear e com as ocupações. O próximo passo é inviabilizar na prática
a possibilidade de os territórios palestinos hoje ocupados, a Cisjordânia e a
Faixa de Gaza, formarem um país. O reconhecimento de Jerusalém como capital e a
expansão da "Grande Jerusalém" são partes centrais desse projeto.
Falta à empreitada extremista, ao
menos parcialmente esposada por Trump, visão de futuro. Os detratores da
solução de dois Estados não têm uma proposta alternativa. Defendem, na
realidade, a manutenção do status quo – democracia
em Israel e ditadura nos territórios palestinos, um quadro que se
assemelha a um apartheid. Trata-se de uma visão de curto prazo, que
ignora o cenário demográfico (favorável aos palestinos) e o fato de que a
segurança de Israel a longo prazo reside em sua legitimação diante dos países
muçulmanos, o que se dará apenas com o estabelecimento do Estado Palestino.
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